25 de abril de 2019

VAMOS FALAR, jueves 25 de abril a las 19 horas, Seminario

14 gírias e expressões do português europeu que não fazem sentido para brasileiros

Não é surpresa para ninguém, em nenhum lado do Atlântico, que o português brasileiro e o europeu apresentam algumas diferenças, como qualquer variante de um idioma. Na língua escrita, são poucas; mas o português é um desses idiomas em que se fala muito diferente do que se escreve, e as diferenças na oralidade entre o português brasileiro e o europeu podem gerar reações engraçadas. Às vezes, dependendo do sotaque, elas soam quase como línguas distintas.

1. “Estou!” É assim que se atende o telefone em Portugal. Equivalente no Brasil: alô!.

2. Abiscoitado “Este gajo (sujeito, cara) só pode ser um abiscoitado”. Refere-se a alguém irresponsável, sem juízo. Equivalente no Brasil: um termo próximo é chamar alguém de moleque ou juvenil.

3. Malta. “Diogo é o gajo mais fixe da tua malta!” Malta é um grupo de amigos. Equivalente no Brasil: galera, turma.

4. Bué. “Eu estou bué cansada hoje”. Bué é o mesmo que muito e é uma expressão bastante usada. Equivalente no Brasil: demais, pra caramba.

5. Ter lata. “Tu não tens lata para isto!” “Ter lata” equivale a ter coragem, ousadia. Equivalente no Brasil: ter a cara de pau.

6. Sandes. “Na última vez que a vi, ela estava a comer um sandes”. Sandes é um sanduíche – aliás, uma expressão muito simpática e também muito comum. Equivalente no Brasil: algo como sanduba ou lanche.

7. Foda-se. “Tua nota de história foi 3? Foda-se!”. Essa expressão, apesar de um pouco pesada e somente tolerada em ambientes informais, é importante. Isso porque, no Brasil, ela significa, literalmente, “não me importo”, “não tenho nada a ver com isso” e, exceto se dita entre amigos e em tom de piada, pode ser considerada rude. Em Portugal, no entanto, ela substitui uma interjeição de surpresa. Não caracteriza falta de educação. Equivalente no Brasil: nossa! ou puta que o pariu!

8. Piropo. Nem tudo é o que parece, felizmente. Piropo, em Portugal, é uma cantada. Equivalente no Brasil: xaveco.

9. Brutal, grave. “Esta noite foi brutal! Bebi muito, mesmo grave!” Nesse contexto, grave e brutal servem para caracterizar intensidade. É o mesmo que dizer que foi uma noite muito boa. Detalhe: brutal em português brasileiro possui um sentido negativo. Equivalente no Brasil: sinistro, pesado, louco.

10. Do piorio. Diz-se de alguém ou algo que é terrível, muito ruim. Equivalente no Brasil: não temos uma gíria específica para o pior.

11. Descalçar esta bota. “Preciso descobrir como descalçar esta bota”. A expressão descalçar a bota significa resolver um problema. Frequentemente, se refere a problemas causados pela própria pessoa. É como um abacaxi para descascar, exceto que, nesse caso, você mesmo plantou e colheu o abacaxi… Entendeu? Equivalente no Brasil: resolver um pepino, descascar um abacaxi, resolver uma treta.

12. Aguentar nas canetas “Maria já não se aguentava nas canetas…” Alguém que não se aguenta nas canetas é alguém que está muito cansado. Equivalente no Brasil: estar só o pó, embora essa gíria seja considerada tipicamente paulistana.

13. “O rabo é o pior de esfolar”. Essa expressão quer dizer algo como “o final (de uma tarefa) é a parte mais difícil”. Equivalente no Brasil: não temos uma gíria para essa expressão.

14. Fixe e giro. Ambas são usadas para se referir a algo ou alguém bom, agradável. Equivalente no Brasil: legal, demais, gente boa, foda.
Por Ana Freitas Recuperado de https://pt.babbel.com/pt/magazine/14-girias-e-expressoes-do-portugues-europeu-que-nao-fazem-sentido-para-brasileiros/

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