24 de enero de 2011

VAMOS FALAR


Vamos falar do mundo...
Das diferenças e semelhanças dos povos. Espanha e os espanhóis são culturalmente diferentes dos outros povos? São “salero”, flamenco, música e animação? Ou são muito mais que isso?
Contem-me...como são os espanhóis em realidade? E os brasileiros? E os colombianos? E os americanos?
Há diferença entre um andaluz e um galego? Quais?
Vamos pensar nessas diferenças, que constituem a riqueza de cada povo. Ou agora já não existem diferenças e vivemos numa aldeia global?
Vão pensando nestas e outras coisas, e deixem a vossa opinião aqui no blog.
Um abraço

2 comentarios:

Anónimo dijo...

Um texto para pensar como é bom estudar vida afora. Como prometi ao grupo, aí vai o texto que fala do retorno à sala de aula...
Maria das Graças
MAGALHÃES, L. Sonhos, espaço de encontros, desencontros, reencontros. Disponível em: http://www.solcultura.com.br/noticias.asp?acao=listar&secao=Refile. Acesso em: 2 fev 2010.
SONHOS, ESPAÇO DE ENCONTROS, DESENCONTROS, REENCONTROS
Laerte MAGALHÃES

Um haicai para quem gosta.

ARREBATAMENTO
O cão uiva ou canta?
Eu penso que morre: o imenso
luar na garganta.
Barroso Gomes

1. A universidade é um lugar de encontros
Salvo algumas decepções ou surpresas de última hora é na universidade que nos deparamos com nossos sonhos acalentados desde há muito. É certo que até confundimos os sonhos de nossos pais e parentes com os nossos. E quando não confundimos e sabemos separá-los perfeitamente, encontramos com estes também. Nos encontramos com algumas pessoas conhecidas e outras que passamos a conviver (por vezes, pro resto da vida). Tanto umas quanto as outras têm os seus próprios sonhos. Encontramos também desafios com os quais não contávamos, inclusive, desencontros. Damos de cara com autores que nunca havíamos ouvido falar e com professores que os apresentam como se fossem íntimos. Nos encontramos com pessoas estranhas e idéias para tudo quanto é gosto. As sensações de descoberta são as fronteiras dos sonhos.

2. A universidade é um lugar de passagem
Todos crescemos ouvindo dizer que um dia passaremos no vestibular e cursaremos uma universidade. Alguns de nós mentalizamos isto com naturalidade e, um dia, acaba passando pela universidade. Atravessamos o espaço universitário como quem tem metas a alcançar. O trajeto, os livros, os amigos, os autores, as salas de aula, as festinhas etc. passam a fazer parte de nossa rotina durante a travessia. Neste aspecto, a universidade tem um compromisso conosco: nos fornecer as ferramentas e, principalmente, a certificação para que nos habilitemos a disputar um espaço profissional no mercado. O diploma é a materialização desse crédito, o certificado. No entanto, cabe à sociedade e ao mercado confirmar ou negar a validade de tal credenciamento. Mesmo que em alguns casos haja fracassos, não se tem conhecimento de alguém que deixou de desejar esta passagem por desconfiar que não vale a pena.

3. A universidade é um lugar de reencontros
Os sonhos são outros e nós também não somos os mesmos quando decidimos que temos de voltar à universidade para revalidar o nosso credenciamento: o mercado e a sociedade nos cobram cursos de especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado etc. etc. Nestes momentos, o corpo rejeita o desconforto das carteiras, e o cansaço do trabalho diurno nos anestesia a mente. Os professores insistem em arremessar textos e cobrar leituras enquanto nos contam longas histórias que, em certos momentos, parecem ficar cada vez mais distantes. Nos reencontramos com colegas de longas datas e há muito não vistos. Temos que reaprender tudo novamente, inclusive, a reconquistar os velhos amigos. O encontro com o desencontro. Nas fronteiras do que está estabelecido inicia-se a sua ruptura, pela escolha de cada um e, portanto, pela confirmação de seus desejos ou pela frustração do não encontro. Aquilo com que nos deparamos não corresponde à expectativa.

4. A universidade é um lugar dentro de nós
A experiência faz e desfaz elos e redireciona as pessoas, reenvia-as a outros encontros. A porta pela qual acessamos à universidade é um poderoso instrumento de contenção, um espaço simbólico de sentimentos de vitória e de frustrações. É gratificante para quem acessa, mas é no interior da universidade que construímos nossos sonhos e dentro de nós que se constituem as marcas das nossas vidas, para sempre. Por isto, imagino, os muros da universidade são tão altos, mesmo quando sequer são visíveis.

Anónimo dijo...

Os espanhóis temos em comum gostarmos de falar nas nossas diferenças :D